Tudo o que tenho
a respiração.
E, sendo algo que é só meu
como está tão dependente do exterior?
Nem eu me pertenço?
Que frágil sou
Um ecossistema aberto
delicado
vulnerável
decadente
Morro e o ecossistema continua sem a minha consciência.
Retiro-me silenciosamente.
Ficam os meus restos - não o melhor de mim.
Não sou o meu corpo, ou o que ele dita do que sou.
A carne transforma-se e limita.
Mas é a alma que está viva.
Ela é o mar que me rege
o meu ritmo
e música
É o que trago nas veias.
